No Mato Grosso, suinocultores desistem da atividade ou buscam alternativas para compensar os prejuízos, pois eles estão sem saber o que fazer para amenizar a crise que afeta o setor.
Em Nova Mutum, no médio norte de Mato Grosso, a granja que Vilmar Paquer administra tem cinco barracões e faz a engorda de quase 1.200 suínos por mês. Para tentar reduzir os gastos, principalmente com o desperdício de ração, ele teve de fazer algumas mudanças nos cochos, mas mesmo assim, o problema não sanou a negatividade das contas.
Em maio, um lote de 800 animais enviados para o frigorífico rendeu um prejuízo de mais de R$ 15 mil ao suinocultor. Mas o problema de Paquer não é recente, nem isolado. As perdas para os suinocultores de Mato Grosso são, em média, de quase R$ 0,50 por quilo de suíno.
Como alternativa para compensar os resultados ruins, o suinocultor aposta em outros cultivos. Além da soja e do milho, a fazenda Paquer tem hoje 22 hectares cultivados com abacaxi.
Segundo o produtor, a alternativa do uso da fruticultura para utilizar energia através de biodigestor e o esterco como adubo é uma saída para minimizar o prejuízo.
Quem não consegue adotar alternativas como a de Paquer, acaba não resistindo à crise. O proprietário Lauro Costa que teve seu último lote com 230 animais entregue para o abate há quatro meses, decidiu encerrar a atividade. Para o consumo da família ficou apenas um único animal.
Para o proprietário, desistir do negócio depois de quase 20 anos criando suínos, não foi fácil, mas era necessário, pois a atividade estava comprometendo a renda da propriedade.
Estavam previstas ser anunciadas, ontem, dia 09.07, em Brasília, pelo Ministério da Agricultura, medidas para ajudar a suinocultura a se recuperar da crise.
Fonte: Globo Rural
Adaptação: Portal Suínos e Aves
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